segunda-feira, 19 de maio de 2014

Passeata dos Cem mil






Foi permitida pelo governo, depois de inúmeros dias sangrentos, uma manifestação marcada para o dia 26 de junho que teria a vigilância de mais de 10 mil policiais. A manifestação contaria com a presença de estudantes, artistas, religiosos e intelectuais. Eles sairiam pelas ruas do centro do Rio de Janeiro protestando contra a ditadura, os estudantes protestavam contra a privatização do ensino, na época, já sinalizada pelo governo.







O governo abria caminhos para a implementação do ensino particular pago em todos os níveis, incluindo o superior, tendo a tendência de cursos “técnicos” com o objetivo formar mão de obra para as empresas capitalistas, esquecendo a formação de cidadãos.

A passeata dos 100 mil teve seu início às 14 horas, com a presença de 50 mil pessoas, tendo esse número dobrado depois de 1 hora. Depois da passeata, houve uma reunião entre o então presidente Costa e Silva e os universitários Franklin Martins e Marcos Medeiros, na qual foi solicitada a libertação de estudantes presos e o fim da censura.

No mês seguinte, foi proibida pelo governo militar qualquer manifestação pública no país, o que acabou gerando a prisão e mortes de vários estudantes. Em 21 de agosto de 1968, o projeto de Lei de Anistia aos estudantes foi rejeitado pelo Congresso. A legalização da repressão ocorreu através do AI-5, Ato Institucional nº5, em 13 de dezembro de 1968.


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