Foi
permitida pelo governo, depois de inúmeros dias sangrentos, uma manifestação marcada
para o dia 26 de junho que teria a vigilância de mais de 10 mil policiais. A
manifestação contaria com a presença de estudantes, artistas, religiosos e
intelectuais. Eles sairiam pelas ruas do centro do Rio de Janeiro protestando
contra a ditadura, os estudantes protestavam contra a privatização do ensino,
na época, já sinalizada pelo governo.
O
governo abria caminhos para a implementação do ensino particular pago em todos
os níveis, incluindo o superior, tendo a tendência de cursos “técnicos” com o objetivo
formar mão de obra para as empresas capitalistas,
esquecendo a formação de cidadãos.
A
passeata dos 100 mil teve seu início às 14 horas, com a presença de 50 mil
pessoas, tendo esse número dobrado depois de 1 hora. Depois da passeata, houve
uma reunião entre o então presidente Costa e Silva e os universitários Franklin
Martins e Marcos Medeiros, na qual foi solicitada a libertação de estudantes
presos e o fim da censura.
No
mês seguinte, foi proibida pelo governo militar qualquer manifestação pública
no país, o que acabou gerando a prisão e mortes de vários estudantes. Em 21 de
agosto de 1968, o projeto de Lei
de Anistia aos estudantes foi rejeitado pelo
Congresso. A legalização da repressão ocorreu através do AI-5, Ato
Institucional nº5, em 13 de dezembro de 1968.
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