No início
da década de 60, o Brasil passava por sérias mudanças na política da nação.
Depois de uma longa disputa entre “Legalistas” e Militares, consolidava-se no
dia 31 de março de 1964 a transição para o período que ficou conhecido como
“Ditadura Militar”. Acreditava-se desde então que teria ocorrido uma suposta
assistência norte-americana aos golpistas, porém isso só pode ser provado quase
10 anos depois, onde ocorreu a confirmação da existência de uma operação de
auxílio aos Militares, conhecida como Operação Brother Sam.
A Operação
Brother Sam foi desencadeada pelo governo dos Estados
Unidos, com o objetivo de apoiar o golpe de 64 caso houvesse algum imprevisto
ou reação por parte dos militares que apoiavam Jango. A operação contava com
toda a força militar da Frota do Caribe, liderada por um porta-aviões da Marinha
dos EUA e outro de menor porte, além de todas as belonaves de apoio requeridas
a uma invasão rápida do Brasil pelas forças armadas americanas.
Tudo teve
início quando João Goulart chegou em Porto Alegre na madrugada de 1º de Abril de
1964, e foi informado de que o governo dos Estados Unidos já havia reconhecido o
“novo governo brasileiro”.
Jango, em Porto Alegre, foi aconselhado pelo General Assis Brasil para que se
exilasse no Uruguai. Os EUA obtinham forte influência em toda a América (com
exceção de Cuba), mas particularmente, no Brasil, esta era demasiadamente
grande. As empresas multinacionais situada em nosso país tinham o domínio de
grande parte da infraestrutura que o sustentava, como a geração de eletricidade,
o fornecimento de água, de gás, de combustíveis, a indústria de alimentos, de
roupas e toda a base da produção nacional. Toda essa influência econômica por
parte dos EUA fazia com que preferissem um governo militar e mais direitistas, e não Jango, que despertava a
desconfiança dos americanos por suas “tendências comunistas”.
A Operação Brother Sam nunca
chegou a acontecer realmente. Ela só seria colocada em prática caso houvesse a
possibilidade explícita de uma guerra civil. Como isso não ocorreu, as tropas
americanas foram chamadas de volta no dia 3 de Abril de 1964, com o Golpe
Militar já instaurado no Brasil. Como forma de “disfarçar” todo o envolvimento
do EUA, Lincon Gordor, chamou esse movimento de “exercício simulado”. Apenas em
1976, houve a comprovação da participação das tropas americanas em apoio aos
militares, quando o Jornalista Marcos Sá Correa, do Jornal do Brasil teve
acesso a documentos de prova.
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